O nome Ed Gein ainda causa calafrios mesmo após décadas. Nascido em 1906, em La Crosse, Wisconsin, Edward Theodore Gein cresceu sob a influência de uma mãe autoritária e fanática religiosa, Augusta Gein, que pregava que o mundo era corrupto e que todas as mulheres, exceto ela, eram pecadoras. Esse ambiente tóxico moldou a mente de Ed, levando-o a uma relação doentia de culpa, repressão e isolamento.

Após a morte do pai, do irmão e, finalmente, de sua mãe, Ed ficou completamente sozinho em sua fazenda em Plainfield, uma pequena cidade dos Estados Unidos. Foi ali que começou a revelar seu lado mais sombrio.

Os crimes de Ed Gein

Em 1957, a polícia local investigava o desaparecimento de Bernice Worden, dona de uma loja de ferragens. As suspeitas recaíram sobre Ed Gein, e quando os oficiais entraram em sua casa, encontraram uma cena de puro horror.

Dentro da residência, havia máscaras feitas com pele humana, tigelas de crânios, cadeiras estofadas com pele, e até um cinto feito de mamilos. O corpo de Bernice Worden estava pendurado em um celeiro, esquartejado como se fosse um animal.

Mais tarde, Ed confessou também o assassinato de Mary Hogan, uma dona de bar desaparecida em 1954. Além dessas duas vítimas confirmadas, ele admitiu ter desenterrado dezenas de corpos de cemitérios locais, usando partes dos cadáveres para criar objetos e “roupas” que o faziam se sentir mais próximo da mãe.

Apesar das especulações, o número de vítimas diretas de Ed Gein foi oficialmente duas. O verdadeiro terror estava na sua necrofilia e na forma como violou sepulturas.

O julgamento e a internação

Considerado mentalmente insano, Ed Gein nunca foi condenado à prisão. Em 1958, foi enviado para o Hospital Estadual de Mendota, onde permaneceu até sua morte em 1984. Ele foi declarado inimputável por insanidade, pois sofria de psicose grave e transtornos de identidade.

Mesmo sob custódia, seu nome continuou ecoando pela cultura popular — não apenas pela brutalidade de seus atos, mas pela influência duradoura que deixou na ficção.

A influência de Ed Gein no cinema

O legado de Ed Gein ultrapassou os limites da realidade e moldou o terror moderno. Vários personagens icônicos nasceram a partir da sua mente doentia e dos crimes em Plainfield. Entre as principais obras inspiradas em sua história estão:

• Psicose (Psycho, 1960) – O personagem Norman Bates, criado por Robert Bloch e eternizado por Alfred Hitchcock, tem sua obsessão pela mãe e comportamento isolado diretamente inspirados em Gein.
• O Massacre da Serra Elétrica (The Texas Chain Saw Massacre, 1974) – O temido Leatherface, que usa máscaras de pele humana, foi claramente baseado nas práticas macabras de Ed.
• O Silêncio dos Inocentes (The Silence of the Lambs, 1991) – O personagem Buffalo Bill, que costura roupas com pele de mulheres, também carrega o DNA da insanidade de Gein.

Esses filmes não apenas chocaram o público, mas também transformaram o nome de Ed Gein em um símbolo do terror psicológico e do horror visceral.

Monstro: A História de Ed Gein já está disponível no catálogo da Netflix.