O ator Ethan Hawke falou abertamente sobre sua convivência com Robin Williams durante as filmagens de Sociedade dos Poetas Mortos (1989). Em entrevista ao programa CBS Sunday Morning, ele revelou momentos íntimos que mostram o contraste entre o gênio da comédia em cena e o homem silencioso fora dos holofotes.
Já se passaram 11 anos desde a morte de Robin Williams, e apenas com o tempo Hawke conseguiu interpretar melhor os sinais do sofrimento que o colega enfrentava durante aquele período.
Em um dos dias de gravação, Robin Williams improvisava falas e entretinha toda a equipe com seu humor espontâneo. O ambiente era de riso e admiração. Porém, ao sair para pegar água e comida, Hawke se deparou com uma cena que nunca esqueceu.
Williams estava sozinho, escondido em um canto escuro do set. Longe das câmeras, do público e dos aplausos.
A imagem voltou à mente do ator anos depois, agora com mais clareza. Para ele, ficou evidente que a alegria entregue aos outros custava caro por dentro.
Após a morte de Robin Williams, Hawke passou a compreender com mais profundidade a dimensão emocional do colega. Ele descreveu o ator como alguém extremamente sensível, profundamente afetado pelas energias ao redor.
O sucesso e a fama vieram acompanhados de um peso invisível. O carisma que encantava multidões exigia uma entrega emocional intensa e constante.
Hawke também mencionou que conviveu de perto com a depressão em sua família, o que o ajudou a reconhecer, ainda jovem, que havia uma luta silenciosa acontecendo dentro de Williams.
Apesar do fim trágico, Ethan Hawke deixou claro que não permite que a morte de Williams apague sua grandeza.
Ao assistir a Sociedade dos Poetas Mortos hoje, ele não vê apenas o ator. Ele vê o homem que enfrentava seus próprios demônios para inspirar outras pessoas. Ele vê resiliência. Ele vê entrega.
Para Hawke, o sofrimento não diminui Robin Williams. Ele o torna ainda mais humano.
Lançado em 1989, o filme se consolidou como uma das obras mais importantes da carreira de Robin Williams. Seu papel como o professor John Keating lhe rendeu indicações ao Oscar e ao Globo de Ouro.
O longa venceu o Oscar de Melhor Roteiro Original e mantém avaliações elevadas até hoje:
85% de aprovação da crítica
92% de aprovação do público
A mensagem de autenticidade, liberdade e coragem continua atual.
No fim, Ethan Hawke resume o que muitos sentem: não existirá outro Robin Williams.
Seu legado não está apenas nos filmes, mas no impacto profundo que teve sobre as pessoas. Um artista raro. Um ser humano ainda mais raro.
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