A aguardada sequência de Era uma Vez em… Hollywood, sucesso de Quentin Tarantino lançado em 2019, está em desenvolvimento pela Netflix. Para surpresa dos fãs, quem assumirá a direção será David Fincher, conhecido por clássicos como Clube da Luta e Garota Exemplar.
O projeto terá o retorno de Brad Pitt no papel de Cliff Booth, mas não será Tarantino quem comandará as câmeras. O próprio diretor explicou os motivos em entrevista ao podcast The Church of Tarantino.
Por que Tarantino recusou a direção?
Tarantino afirmou que, embora ame o roteiro que escreveu, não queria que seu 10º e último filme fosse uma continuação. O cineasta já declarou várias vezes que deseja encerrar sua carreira no cinema com uma obra inédita e ousada.
“Eu amo esse roteiro, mas sinto que estou repetindo passos que já dei. Para meu último filme, preciso estar em território desconhecido, sem saber exatamente o que estou fazendo”, declarou o diretor de Pulp Fiction: Tempo de Violência.
Por que David Fincher é o escolhido?
Ao falar sobre a escolha de David Fincher, Tarantino não economizou elogios. Segundo ele, apenas os dois ocupam o posto de melhores cineastas de sua geração.
“O fato de David Fincher querer adaptar meu trabalho mostra o nível de seriedade que ele tem em relação ao que escrevo. Isso precisa ser levado em conta”, comentou.
Apesar de não dirigir, Tarantino continua envolvido no projeto como roteirista e produtor. Ele confirmou que acompanhará parte da produção, ainda que não esteja no set diariamente, já que divide seu tempo entre os Estados Unidos e Israel.
E o filme The Movie Critic?
Outro ponto abordado foi o destino de The Movie Critic, projeto anunciado como possível último longa do cineasta. Tarantino revelou que chegou a desenvolvê-lo também como série de TV, mas decidiu engavetar a ideia.
“Minha proposta era: será que consigo transformar a profissão mais entediante do mundo em algo interessante? Quem iria assistir a um filme chamado O Crítico de Cinema? Esse era o desafio”, explicou.
O diretor destacou ainda que o longa teria sido uma “sequência espiritual” de Era uma Vez em… Hollywood, mas sem ligação direta de personagens, desmentindo os rumores sobre a participação de Cliff Booth.
Fonte: Hollywood Reporter