O mestre do terror Stephen King nunca tem medo de falar o que pensa, e desta vez mirou diretamente nos universos da Marvel e da DC. Enquanto promovia a adaptação de seu romance de 1979, The Long Walk, o autor criticou a forma como os filmes de super-heróis retratam a violência — ou melhor, como fingem que ela não existe.
Segundo King, há uma clara desconexão entre a destruição em larga escala mostrada nas telas e a ausência de consequências humanas visíveis.
“Se você observar esses filmes de super-heróis, vai ver algum supervilão destruindo quarteirões inteiros da cidade, mas nunca vê sangue. E, cara, isso está errado. É quase como se fosse pornográfico… Eu disse [sobre The Long Walk], se você não vai mostrar, então não faça. E por isso eles fizeram um filme bem brutal.”
The Long Walk aposta no realismo
Dirigido por Francis Lawrence (The Hunger Games) e roteirizado por JT Mollner (Strange Darling), The Long Walk não suaviza seu conteúdo. Fiel à visão de King, o longa assume a brutalidade de sua premissa: 100 adolescentes são forçados a caminhar sem descanso, sabendo que a morte aguarda qualquer um que fraqueje.
O elenco inclui Cooper Hoffman, David Jonsson, Judy Greer e Mark Hamill.
Elenco sentiu na pele o peso da história
Em entrevista recente, Cooper Hoffman revelou que a experiência de filmar foi exaustiva, mesmo fora das páginas do livro.
“Há momentos em que você é forçado a ser um ator de método. O que quer que ‘método’ signifique para as pessoas. Mas nós realmente estamos caminhando. Ninguém está fingindo. E isso é exaustivo.”
Segundo Hoffman, os atores chegaram a caminhar mais de 24 km por dia, sob temperaturas de quase 40 °C, para transmitir com autenticidade o ritmo implacável da história.
The Long Walk estreia no Brasil em 18 de setembro.
Fonte: Variety